Que nós somos perecíveis todo mundo sabe. Ou será que sabe mesmo? Qual é a realação entre religião e realidade? Talvez para alguns as duas coisas sejam sinônimos, mas será que são mesmo? Fico me perguntando se somos porque apenas somos ou se, como eu gostaria, existe alguma coisa por trás disto tudo? Honestamente acho que morremos quando morremos e acabamos com aquilo que nosso conjunto de células cerebrais nos dizem que somos, mas quando as coisas apertam sempre acabo me apegando a alguma coisa que nem mesmo sei o que é.
Isto me torna religiosa? Talvez aqui consiga colocar mais perguntas que respostas porque são mais perguntas que respostas que tenho. Quero, de todo o meu ser, acreditar que estamos aqui por alguma coisa maior ou mesmo acreditar que Deus está aqui para nos guiar, mas, a cada dia passa, vejo que tudo não passa de balela e mesmo fisicamente é muito difícil acreditar que estamos programados para algo maior.
Ok. Morremos, mas e daí? Para o que serve toda este conjunto de felicidades, tristezas e emoções que vivemos? Tudo é muito volátil e efêmerio e nós, ingenuamente, acreditamos em tudo como se fossemos algo especial mesmo sabendo que existem trilhões de pessoas no mundo. Agora, neste momento, me considero um bando de células que, por sorte, fizeram algo relativamente certo, mas que nada garantem que o futuro será como o esperado - mesmo porque, normalmente nunca é.
Pessimista? Você acha? Eu tenho certeza; e vou mais além ao perguntar se tudo o que vivemos, tudo o que passamos não passa de uma mesma merda que supervalorizamos e que nos faz esquecer do panorama geral. Sei lá...a única coisa que sei, aliás sinto, é a minha inferioridade frente ao mundo e frente as surpresas da vida. Honestamente, não sei se o que me considerar diante de tudo o que passamos diariamente e sei me posicionar menos ainda em relação as surpresas e reviravoltas que o mundo nos reserva.
No fim das contas, tudo é um a mesma merda....
Bárbara
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