quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Segunda Dama - Irving Wallace

A Segunda Dama é um livro policial que conta a história de um plano da KGB de substituir a primeira dama america por uma atriz da União Soviética. Como se pode perceber, tudo se passa durante a Guerra Fria e o motivo da substituição é a necessidade dos soviéticos de conhecer o poderio bélico fornecido pelos EUA a um país africano imaginário batizado de Boende.

Tal conhecimento é fundamental para a URSS já que ela pretende apoiar os rebeldes deste país. O domínio desta região da África pode determinar o futuro da Guerra Fria já que o local possuí quantidade de urânio suficiente para garantir a vitória de um dos dois pólos.

A preparação do audacioso plano de substituir a primeira dama dos EUA - Billie Bradfort - começou antes mesmo da eleição de seu marido para ocupar o cargo de maior prestígio em todo o mundo. A atriz Vera Vavílova, escolhida para desempenhar o papel devido a sua imensa semelhança com o alvo - foi descoberta pelo general Pietrov, diretor da KGB, enquanto se apresentava na Ucrânia e, logo em seguida, começou a preparação para o maior papel de sua vida. Era uma jogada de sorte, primeiro Andrew Bradfort deveria ser eleito presidente dos EUA, depois era necessário que Vera conseguisse assimilar todos os trejeitos da primeira dama e, por último, era preciso um motivo que justificasse tamanho risco. 

O general Pietrov, Rázin - agente da KGB nascido na América - e Vera começaram os trabalhos para a troca 3 anos antes da efetivação do plano e tudo não poderia ter saído melhor. A atriz foi perfeita e nem mesmo o marido de Billie Bradfort desconfiou da troca. Entretanto, alguns deslizes de pequena importância levantaram a suspeita no biográfo da primeira dama, Guy Parker, e na assessora da Casa Branca, Nora Jones. 

Tudo fica mais emocionante quando começam a surgir imprevistos, mudanças de planos e espiões que fazem com que fiquemos grudados nas páginas. O autor Irving Wallace consegue nos prender do início ao fim e tem um estilo muito parecido com Frederick Forsyth - para mim, o rei do romance policial.

A Segunda Dama é um pouco antigo, mas não deixa a desejar ao ser lido atualmente. Ele vale a pena, especialmente se a idéia é relaxar com um livro que não traz pressão e não requer grandes esforços.

Bárbara

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