sexta-feira, 24 de junho de 2011

Ópera Nabucco

Minha amiga Luísa é uma das poucas pessoas que conheço que realmente gosta de música clássica, de ópera, de concertos e etc. Por isso, quando ela me contou que iria na Ópera Nabucco logo pedi para ela escrever um post para o blog - afinal de contas blog também é cultura (rs) -. Ela escreveu, e como escreveu, foram 03 páginas sobre a produção, os cantores, os atos, etc. Foram tantas as informações técnicas que tive que cortar um pouco, Luísa não briga comigo. PLEASE!

Pelo visto, o espetáculo vale a pena ser visto e ouvido - ele estará em cartaz até o dia 27 de junho. Entretanto, aparentemente, os ingressos estão esgotados o que é um excelente sinal de que BH está melhorando no quesito cultura. De toda forma, vale a pena ligar para o Palácio das Artes e conferir.

Segue o texto da Luísa:

No dia 19 de junho, estreou no Palácio das Artes, a temporada de “Nabucco”, de Giuseppe Verdi. Uma das óperas mais executadas em todo o mundo, o espetáculo conta com o coro dos escravos hebreus executando  “Va’,Pensiero”, primeiro hino da unificação da Itália, tornando-se música-símbolo do nacionalismo italiano da época.


Entre os séculos VII e VI A.C., o imperador babilônico Nabucodonosor II fazia história ao conquistar o Reino de Judá, tornando prisioneiros  grande parte dos seus habitantes. Mais tarde, em 1842, o compositor Giuseppe Verdi convertia esta história na ópera "Nabucco". Composta de quatro atos, a ópera foi montada durante a época da ocupação austríaca no norte da Itália e acabou por suscitar o sentimento nacionalista italiano.


 Contando a história do rei Nabucodonosor, um grande espetáculo foi construído, sob a batuta de Sílvio Viegas - maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro do Rio de Janeiro -, além dele, participaram diversos solistas e corais - Coral Lírico de Minas Gerais, Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro – e a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.


A cenografia, de Renato Theobaldo, foi um espetáculo a parte, painéis móveis de tubos de papelão de diversas profundidades e espessuras, criavam figuras em alto e baixo-relevo que juntamente com a iluminação fizeram de Nabucco um sucesso. Tal produção permitiu que o público captasse toda a emoção da obra, mas com um toque mais moderno, renovado.




A única crítica que tenho a fazer é relacionado ao público. Antes de começar a ópera, é pedido ao público que desligue os celulares e não tire fotos, mas o que acontece durante seu desenrolar foi o oposto, celulares tocando e máquinas fotográficas sendo acionadas. Mas o que mais me impressionou e incomodou, foram as palmas impróprias, no meio de passagens, atrapalhando o desenvolvimento das cenas e fazendo o maestro Sílvio Viegas parar até que elas cessassem. Palmas são muito bem-vindas, elas são o reconhecimento do bom trabalho do artista, mas é necessário esperar pelo menos ao final de cada ato, para justamente não atrapalhá-los.


Envolvendo 400 profissionais, a grandiosa produção foi montada visando ser apresentada em outros espaços, já tendo data para estréia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.


Bárbara e Luísa

2 comentários:

  1. Meninas,
    Fui no sábado e apesar de não curtir muito óperas, achei muito bem produzido e a voz da japa era incrível!!
    O pai do maestro se sentou ao meu lado e disse que já era a quinta vez que ele ia!
    Bjs!

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  2. Não, a Soprano é FANTÁSTICA, mesmo!!! Adorei também o baixo, Zaccaria. Havia favado sobre eles no meu texto, mas a Bárbara achou que estava muito grande!!! Hehehe

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